Sem amor, eu nada seria.

Sem amor, eu nada seria.
eternidade

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

um novo capítulo.

Sobre equilibrio...

 
"Tudo ressoa, mal se rompe o equilíbrio das coisas.
As árvores e as ervas são silenciosas: se o vento as agita, elas ressoam.
A água está silenciosa: o ar a move, e ela ressoa.
As ondas mugem: é que algo as oprime.
A cascata se precipita: é porque falta-lhe solo.
O lago ferve: algo o aquece. Os metais e as pedras são mudos,
mas ressoam se algo os golpeia.

Assim também o homem. Se fala, é porque não pode conter-se.
Se se emociona, canta. Se sofre, lamenta-se.
Tudo o que sai de sua boca em forma de som
se deve a um rompimento do seu equilíbrio...
A palavra é o mais perfeito dos sons humanos;
a literatura, por sua vez, é a mais perfeita forma de palavra.
E assim, quando o equilíbrio se rompe, o céu escolhe entre os homens
os que são mais sensíveis e os faz ressoarem."

(Han Yu, poeta chinês)

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